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Cunha

Cunha é uma região de muitos encantos. Estação climática situada a 45 km de Parati e à mesma distância de Guaratinguetá, em meio à Serra do Mar e da Bocaina, é o município que conserva a maior reserva de Mata Atlântica do país. O que vale dizer que ali se encontram dezenas de cachoeiras, milhares de nascentes e de riachos que correm sobre pedras e uma vegetação abundante rica em ipês, manacás, quaresmeiras, sibipirunas e um mundo de árvores floridas.

Cunha é também um importante pólo de cerâmica artística na América do Sul. Ali se instalaram, a partir de meados da década de 1970, ceramistas de formação japonesa que trouxeram para o Brasil uma técnica milenar de cerâmica artística, queimada a lenha em altíssima temperatura, em fornos chamados Noborigama. Muito atuantes, eles levaram adiante seu trabalho e formaram jovens discípulos que mais tarde abriram seus próprios ateliês.

Em Cunha, é possível comer bem: são vários restaurantes que servem desde o trivial variado da comida caipira com influência mineira até a cozinha do interior da França, além de fondues ou receitas à base de trutas, pinhão e cogumelos shiitake, dos quais a região é grande produtora.

A cidadezinha, pacata, não tem um único semáforo. Se alguém parar o carro para dar algum recado à comadre na calçada, quem está atrás espera pacientemente. Sob o céu azul e respirando um ar absolutamente puro, o visitante faz seus passeios às grandes cachoeiras, ao Parque Estadual da Mata Atlântica ou à Pedra da Macela, de onde se avistam 180 km de litoral.

Cunha começou a se constituir no final do século XVII como um local de parada e descanso de tropeiros. Durante o século XVIII o povoado que ali surgiu teve grande desenvolvimento, graças à movimentação de tropas que traziam o ouro de Minas para ser exportado para Portugal pelo Porto de Parati. Esse povoado, então, foi elevado à categoria de Vila e as trilhas que levavam ao porto foram calçadas pelos escravos que já estavam no país, trabalhando no desenvolvimento do Ciclo do Café, também exportado por Parati. A importância dessa atividade econômica, que foi fonte de imensa riqueza para o país no século XIX, trouxe grande desenvolvimento à região. Ainda hoje há remanescentes das trilhas construídas pelos escravos, que podem ser visitadas pelos turistas.

Em 1948, a cidade recebeu do Governo Estadual o status de Estância Climática.